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domingo, 27 de novembro de 2011

ARTE DIGITAL, AS MUDANÇAS DO VOCABULÁRIO CONTEMPORÂNEO DE ARTISTAS DE MINAS EM SALA DE AULA

                                                       FAD - Festival de Arte Digital 2011/BH

O vocabulário contemporâneo mudou, assim como as plataformas de criação utilizadas por artistas no desenvolvimento de suas obras. Há conteúdo artístico elaborado por meio de computadores, softwares, hardwares, celulares, filmadoras, câmeras digitais e dispositivos eletrônicos e digitais com baixa ou alta tecnologia. Para muitos, a arte atual não se orienta para rupturas, mas para encontros, misturas que fazem seus elementos se renovarem. A mistura, o caos, a multiplicidade de possíveis conexões é objeto dessa nova arte.

Para Alexandre Milagres, coordenador de ações pedagógicas, co-produtor dos laboratórios e seminários das edições do Festival de Arte Digital, a web arte procura estabelecer novas conexões, novos arranjos, novas formas de interação em vez de se diferenciar de alguma estética.

Para ele, "definir a videoarte é tão difícil quanto definir a própria ideia de vídeo. Podemos começar pensando que vídeo é apenas o que é gravado pelas câmeras digitais, mas vai, além disso, pois essa imagem é levada para computadores que a cortam e a alteram também, e ainda vamos mais além, pois não somente câmeras produzem imagens digitais em movimento. Computadores também produzem imagens digitais em movimento sem ter que apontar qualquer lente para o mundo. Imagens de puros bytes, de várias formas, com movimentos variados, cores variadas, efeitos variados e assim por diante. A videoarte é então a arte do vídeo, a arte da imagem captada ou confeccionada digitalmente, da imagem editada, alterada, misturada e transformada em outras, ainda em movimento. A videoarte é a arte da produção audiovisual digital, seja qual for a fonte imagética dessa produção, desde que o resultado sejam imagens que se desenrolem quadro a quadro, frame a frame, 15, 24, 30, 60 ou mesmo 1000 frames por segundo. Mas essa é apenas uma definição técnica. Se formos atrás de uma definição conceitual, a conversa vai muito mais longe. Há quem chame a arte do vídeo como a arte do entreimagens, uma arte que pensa por meio de imagens, ou o mais importante, uma arte que pensa as imagens do mundo, as representações, as máscaras, o visível, o imaginável. Uma arte que as pensa, mostrando suas superficialidades e suas profundidades, ou apenas brincando com elas, fazendo-as colidirem, como galos de briga, como imagens nervosas."

E sobre a questão da videoarte questionar a própria definição de arte, ele assim discorre:
"Vai depender de qual definição de arte estamos falando. A videoarte é parte importante para entendermos a definição da arte contemporaneamente, uma arte que mistura movimentos, mistura estilos, mistura imagens, bricolando épocas e artistas de momentos distintos e levando-os e exibindo-os em um mesmo espaço. Essa arte é parecida com a própria videoarte e podemos inclusive dizer que nasceram em um mesmo momento. É claro que “arte” é um termo mais antigo, porém, um termo cuja definição e contextos se alterou muito com o passar dos tempos, e se falarmos do que se tornou dos anos 1960 para cá, falaríamos de um percurso muito próximo ao próprio percurso da videoarte que “nasceu” nessa época e “viveu” os mesmos problemas, questionamentos, dúvidas que a própria arte contemporânea viveu. Falar de arte hoje, assim como falar de videoarte, é falar de misturas, de convivência de técnicas e estilos, de apropriações, de colagens, de ações que ligam a arte ao mundo e às pessoas."

Sobre a diferença entre videoarte, cinema e televisão, ele pontua da seguinte maneira:
"Seria tudo mais simples se fosse apenas assim: Videoarte é um meio audiovisual eletrônico/digital com produtos que começam e terminam em um certo tempo. Cinema é um meio audiovisual feito em película, com produtos que começam e terminam em um certo tempo. E televisão é um meio onde as imagens eletrônico/digitais são exibidas continuamente sem parar. Mas essas divisões não ajudam muito se pensamos que cinema também vendo sendo feito digitalmente, que no vídeo existem muitas imagens feitas inicialmente em películas 8mm, e que a televisão de hoje está cada vez mais próxima de se tornar um banco de imagens, ao invés de apenas um equipamento que somente exibe infinitamente. Pra ser sincero não gosto muito de dividir as artes. Elas funcionam melhor quando retiramos as diferenças e as aproximamos. No fundo, são todas artes do movimento e do tempo, produzindo imagens que nos fazem lembrar do que já vivemos e a imaginar o que nunca vivemos."

Sobre o fato de a fotografia ter demorado tanto para ser aceita como arte (e muitos ainda, não a considerarem) e sobre como a videoarte está presente nos mais importantes eventos internacionais de arte em tão pouco tempo, dessa forma ele pondera:
"Ela está presente, ou quase onipresente, pelo simples fato de ser maleável e propícia aos encontros e às misturas tal como a própria arte contemporânea é. Suas qualidades técnicas ajudam muito nisso. Muitos são os artistas hoje, e falo não somente dos ditos videoartistas, que querem levar para suas exposições, para dentro de suas instalações uma imagem de rua, uma imagem do mundo em movimento. O vídeo é a ponte dessa arte com esse mundo vivo e em movimento. Por isso a ideia de “entre” ligada ao vídeo. A videoarte prolifera nas galerias não somente enquanto uma proposta estética, mas muitas vezes como uma ponte dos artistas com algum elemento que só seja possível entrar em sua obra através do vídeo."

Sobre a identificação do elemento humano, na atualidade, com os avanços da tecnologia, ele destaca que:
"o elemento humano está como sempre esteve, na delicadeza, na rememoração, no sonho, na coragem, na proposta de uma mistura nunca antes vista. O humano está nas decisões, nas escolhas, nos desejos tornados imagens. Os avanços tecnológicos sempre trarão novos leques de possibilidades, mas a criatividade para utilizá-los não vem junto. Por isso, há tanta videoarte ruim, tanta webarte ruim, instalações interativas ruins, pois tecnologia não quer dizer um bom arranjo. Mas quando algo nos toca, quando uma webarte, uma videoarte, uma instalação me impressiona, não é apenas pelo seus aparatos ou efeitos, mas principalmente por existir um artista por trás delas que as utilizou para me encaminhar entre sensações que não esperava."

E com relação a possíveis especificidades na produção brasileira ou mineira, ele comenta:
"Não há uma especificidade na produção brasileira, assim como não há uma especificidade na produção de qualquer país, pois muitos são os caminhos e estilos e técnicas utilizadas por cada artista. Tentar reuní-los em uma mesma característica seria forçar algo. As especificidades quando se dão às vezes acontecem reunindo artistas de países e culturas muito diversas, que por caminhos diversos vem pesquisando e experimentando por um mesmo caminho. No mais, é muito difícil falar em algo geral. Agora quanto a Minas, podemos falar sim de uma expressividade nacional, ou mesmo em uma expressividade internacional. Alguns dos videoartistas mais consagrados no país e fora são mineiros como Eder Santos e Cao Guimarães. Há uma grande escola de videoarte por aqui."


O 5o FESTIVAL DE ARTE DIGITAL EM BELO HORIZONTE

Grandes nomes da arte digital mundial se encontraram na 5a edição do Festival de Arte Digital – FAD 2011. Realizado entre os dias 1º de setembro e 02 de outubro, em Belo Horizonte, o evento reuniu trabalhos na área digital, que são referências nacionais e internacionais. A proposta do FAD é a de contribuir para a discussão e criação de novos formatos audiovisuais que surgem com as novas tecnologias e mídias digitais. Além disso, convidar a população a uma reflexão sobre essas transformações, possibilitando a troca de informações com experientes realizadores, diretores, técnicos e produtores audiovisuais do Brasil e do mundo.

O tema do FAD deste ano foi a Cinética. Sendo assim, o movimento é o elemento base das obras que foram vistas este ano. Os trabalhos realizaram um diálogo entre si de forma mais próxima e contínua. Ao todo, foram apresentados 21 produções, entre performances, instalações e oficinas, originários de países como França, Itália, Alemanha, EUA, Portugal e Brasil. Durante trinta e três dias, o público contou com uma diversificada programação, que se divide em: FAD Performances, com oito performances audiovisuais; FAD Galeria, com onze instalações audiovisuais interativas; FAD Simpósio, com um simpósio que apresentará quatro debates; e FAD Laboratório, com cinco oficinas.

O FAD Galeria chegou com trabalhos que promoveram interação entre a arte e o público. Instalações interativas, paisagens e objetos animados pelos próprios visitantes, montaram um ambiente desafiador e intrigante. O norte-americano Brandon Barr, apresentou “Hidrostatic Journey to the Origins of Consciousness”. Deitado em um colchão d’água, o espectador assiste a um vídeo projetado em uma tela. A câmera, posicionada no fundo de um tanque, filma, apontada para o céu, enquanto o tanque é transportado de Kansas ao Rio Missouri e de volta à cidade. Karina Smigla-Bobinski, da Alemanha, chega com “ADA”, uma “criatura” pós-industrial que é animada pelos visitantes. O globo, quando em ação, cria uma composição de linhas e pontos que permanece incalculável em sua intensidade, expressão e forma, não importando o quanto o visitante o tente controlar.



Entre as inúmeras apresentações no FAD Performance, esteve a dos mineiros Aruan Mattos e Flavia Regaldo, com “Cicloritmoscópio”. Ensaios fotográficos de diferentes bairros de Belo Horizonte são projetados através de uma estrutura cinética móvel. A exposição é feita com acompanhamento de músicas tocadas ao vivo, mostrando a construção entre elementos visuais e sonoros. Já o Italiano Mikkel, em “Do you sync”, mistura sensações humanas, como medo, alegria, raiva e tristeza, em uma performance audiovisual baseada em ruídos minimalistas, samples e ritmos, com visualizações que utilizam elementos geométricos primitivos. Essa apresentação é fruto da parceria do FAD com o festival roBOt, de Bologna, dentro da programação do Momento Itália-Brasil (MIB).


As oficinas foram com temática livre, nas quais o público pode conhecer novas ferramentas de áudio e vídeo, além da criação de trabalhos de interação, como software livres e apps, para uso profissional ou particular. Nacho Duran e Marcelo Kraiser foram alguns dos responsáveis pelos trabalhos. Durante os quatro dias de Simpósio, foram debatidos os temas: “Arte Digital – Grupo Poéticas Digitais”, com Gilbertto Prado; “Tudo é movimento: da cinética dos autômatos às vanguardas cinéticas do século XX”, com Nina Gazire; “Festivais Europeus e suas Redes”, Francesco Salizzoni; e “V Performance Audiovisual em Meios Digitais e Analógicos”, com Eric Marke.

A quinta edição do Festival de Arte Digital contou com o patrocínio da Petrobras e co-patrocínio da Contax. Como apoiadores estão o roBOt, o consulado italiano, a Prefeitura de Belo Horizonte, a Prefeitura de Bologna, a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Ministério da Cultura/Governo Federal) e a Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte).



SERVIÇO

5º FESTIVAL DE ARTE DIGITAI – FAD
FAD Galeria: 1º de setembro a 2 de outubro
FAD Performance: 1º a 3 de setembro
FAD Simpósio e FAD Laboratório: 5 a 8 de setembro
Local: Museu Inimá de Paula
Endereço: Rua da Bahia, 1201 – Centro – Belo Horizonte/MG
Entrada gratuita
Informações: http://www.festivaldeartedigital.com.br/

FAD EDUCATIVO: Inscrições para os painéis do Simpósio e as oficinas do Laboratório devem ser feitas pelo e-mail educacional@festivaldeartedigital.com.br
Instituições de ensino púbicas ou particulares que tiverem interesse em agendar visitas guiadas devem entrar em contato pelo e-mail educacional@festivaldeartedigital.com.br ou pelos telefones (31) 3213-4320 / 9546-3322.






FAD PAPO 2011


                                                                 FAD PAPO 2011
O Festival de Arte Digital – FAD – buscou disseminar o conhecimento sobre arte digital na capital (mas é nossa intenção fazer ecoar no interior também). Além da programação extensa do festival, que aconteceu até o dia 02 de outubro, no Museu Inimá de Paula, uma parceria com faculdades foi realizada. Então, surgiu o FAD PAPO 2011. A ideia é a de promover um encontro entre profissionais, pesquisadores da área digital e alunos das instituições, propondo um debate do meio acadêmico sobre o tema.
O 1o ENCONTRO DO FAD PAPO 2011
O primeiro encontro será nesta sexta-feira (09.09), no Auditório da Escola de Belas Artes da UFMG, às 14h. O convidado será Guilherme Castro, com o tema “Tecnologia digital e aplicações musicais”. Na ocasião, será discutido como o uso das tecnologias digitais mais recentes tem reconfigurado a prática musical de diversas maneiras; e as aplicações possíveis para um diálogo entre estúdio e performance ao vivo, através de programações desenvolvidas para a banda SOMBA e para o trabalho autoral GASTROPHONIC, dentre outros.
Guilherme Castro – é bacharel em Composição Musical (UFMG); mestre na área de música e tecnologia (UFMG) e doutorando em fundamentos teóricos sobre música e tecnologia (UNICAMP). Já atuou como músico, compositor, arranjador, técnico de som e produtor musical (em trabalhos como: Gastrophonic, SOMBA, Makely Ka, Maísa Moura, A Outra Cidade, Cartoon, Cálix, Orquestra Mineira de Rock, Vezga, entre outros), além de ter trabalhado como programador musical de ringtones (TAKENET). Atualmente é coordenador do curso de licenciatura em Música do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e professor de História da Música Popular Brasileira no curso de pós-graduação em Produção e Crítica Cultural do IEC-PUC/MG.
O 2o ENCONTRO DO FAD PAPO 2011
Com a proposta de continuar a incentivar as discussões sobre temas relacionados à arte digital no meio acadêmico, aconteceu no dia 13 de setembro, às 19h, na Casa UNA, o segundo encontro do FAD PAPO 2011. O convidado foi Carlos Henrique Falci, que abordou “Memória e arte digital”.
As discussões tiveram como eixo central a criação de memórias coletivas, em ambientes programáveis, e o uso de metadados como auxiliadores no processo de intercruzamento entre memórias comunicativas e culturais. Além disso, foi apresentado um projeto, que utiliza metadados, desenvolvido para memórias de mídias móveis.

Carlos Henrique Falci – é doutor em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais. É professor no curso de Cinema de Animação/Artes Digitais, na área de arte mídia, na Escola de Belas Artes da UFMG. É membro do grupo de Pesquisa 1maginári0, da UFMG, que produz e investiga obras que conjugam arte e tecnologia. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre produção de memórias culturais com uso de metadados e mídias móveis, financiada pela FAPEMIG. Participou de congressos no Brasil e no exterior, em que discute a relação entre memória e tecnologia.

O 3o E ÚLTIMO ENCONTRO DO FAD PAPO 2011O último encontro do FAD PAPO 2011 aconteceu no dia 22/09, com a presença do doutor em Literatura Comparada pela UFMG, Marcelo Kraiser. O evento fez parte da programação especial de aniversário dos 40 anos da Faculdade de Comunicação e Artes da Puc Minas.

O tema discutido foi “Entre o analógico e o digital na criação de sons e imagens”. Kraiser irá apresentar o processo de criação de imagens e sons em vídeos desenvolvidos por ele. Além disso, a transição de fotografias, poemas visuais, músicas para performances, danças e cenas teatrais entre meios analógicos e digitais.

Marcelo Kraiser –  é professor da Escola de Belas Artes da UFMG, graduação nas disciplinas de desenho e fotografia. Doutor em Literatura Comparada pela FALE/UFMG com tese sobre o pensamento de Deleuze e Guattari e a literatura de Clarice Lispector. Artista plástico, poeta, ilustrador e videomaker. Realizou 11 exposições individuais e participou de mais de 40 coletivas em artes plásticas. Compõe trilhas sonoras para performances e dança, colaborando com a Benvinda Cia. De Dança, Quick Cia de Dança, dentre outros. É autor do DVD Para Teus Olhos, com 20 vídeo-poemas, livremente baseados na obra de Clarice Lispector. Dentre os livros publicados de poemas visuais, destacam-se Corpos Seriais e Lucia Rosas, em colaboração com a poeta Vera Casa Nova. Foi um dos coordenadores do projeto ligado à improvisação entre corpo, tecnologia e música Improvisões, no Teatro Marília, Belo Horizonte. Lançou em 2009 em coautoria com Paola Rettore o trabalho Pequenas Navegações, livro e DVD com poemas textuais, sonoros e visuais. Fundou o Creuza-Grupo de Improvisação em Dança, Som, Imagem e Palavra. Mais recentemente participou na concepção, trilha sonora e construção de instrumentos nos espetáculos 10xTorsões e Anjos, Laranjas e Jaburus com a bailarina Izabel Stewart, e da ZIP, Zona de Invenção Poética com performances e poemas visuais.

Bibliografia sugerida para a elaboração de atividades pedagógicas:
COSTA, Cristina. Educação, imagem e mídias. São Paulo: Cortez, 2005.
KRAUSS, Cristina. Apontamentos sobre Video Arte no ensino/aprendizagem de Artes Visuais. Belo Horizonte: EnsinArte, 2009.
PILLAR, A.; VIEIRA, D. O vídeo e a metodologia triangular no ensino da arte. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Fundação Iochpe, 1992.

sábado, 26 de novembro de 2011

QUADRINISTAS MINEIROS, A PARTIR DO 7o FIQ (FESTIVAL INTERNACIONAL DE QUADRINHOS), EM SALA DE AULA DE ARTES VISUAIS




O maior evento de quadrinhos brasileiro reuniu a imensa maioria do pessoal que faz HQ no Brasil. Com 13 convidados internacionais, mais de 50 quadrinistas nacionais e 8 exposições, o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte realizou sua sétima edição (bi-anual).

 


Toda a programação aconteceu na Serraria Souza Pinto (av. Assis Chateaubriand, 809), das 9h às 22h com entrada é gratuita, porém eventos como palestras e bate-papos tiveram limite de participantes.









A edição do ano fez homenagem a Maurício de Sousa - desde o cartaz com a Turma da Mônica -, que abriu o evento. Outro nome que foi lembrado este ano foi o de Carlos Trillo, convidado do evento que faleceu no início do ano. As oficinas, sessões de autógrafos, lançamentos e avaliações de portfólios aconteceram na recém-batizada Arena Carlos Trillo.


Os artistas mineiros se preparam para mostrar trabalhos e brigar por novos mercados conforme se pode verificar na entrevista veiculada pelo jornal Estado de Minas:

“O importante é colocar a mão na massa, não ficar cheio de medinho e achar que não tem espaço no mercado, porque tem sim”, recomendaram os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá na última passagem pelo Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, o FIQ. Era 2009 e naquela época a aspirante a desenhista Luciana Cafaggi ziguezagueava pelos corredores do evento à procura de um norte na vida. Passados dois anos, ela voltará a caminhar entre exposições, debates e lançamentos, mas a postura será outra.

A próxima edição do FIQ, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte por meio da Fundação Municipal de Cultura, começa dia 9 de novembro. Em vez de caça de autógrafos, é bem provável que Luciana dê autógrafos, quem sabe até para os badalados gêmeos. É que enquanto eles lançam o premiado livro Daytripper no festival mineiro, ela estreia no mercado independente com Mixtape, uma pequenina e charmosa revista em formato de fita cassete com quatro histórias. “Lembro-me de eles falarem: ‘Você só vai alcançar seu sonho se começar a fazer de verdade’. Foi o que fiz”, conta.

Do próprio bolso, Luciana Cafaggi pagou R$ 2,5 mil para a publicação de mil exemplares da revista. E ela não está sozinha nessa onda independente dos quadrinhos em Belo Horizonte. Seu irmão, Vitor Cafaggi, gastou R$ 5 mil para a publicação de Duotoni. Ricardo Tokumoto investiu R$ 5 mil para o lançamento de Ryotiras e Ovelha negra. Além deles tem também o trio formado por Eduardo Damasceno, Bruno Ito e Luís Felipe Garrocho, que desde abril se agitam para o lançamento de Achados e perdidos. O livro, que vem acompanhado de um CD, se materializou por meio do crowd founding, ou seja, o financiamento coletivo, a popular “vaquinha”.

“Depois que decidimos publicar e lançar no FIQ pensamos: com que dinheiro? Fizemos os orçamentos e nos cadastramos no site Catarse. Oferecemos o livro em pré-venda e conseguimos R$ 30 mil”, conta Damasceno. Dos mil exemplares produzidos para o FIQ, mais da metade já tem dono, feito que deixa Daniel animado com o mercado mineiro. “Desde abril organizamos encontros para os quadrinistas de BH se conhecerem. Em um desses encontros decidimos montar um estande juntos”, diz.

Assim nasceu o Pandemônio, o espaço do FIQ onde serão lançados pelo menos 10 trabalhos de jovens profissionais do estado, que, curiosamente, passam de meros frequentadores a profissionais em atividade no festival. “Foi no penúltimo FIQ que decidi seguir essa carreira. É estamos caminhando junto com o festival”, concorda Vitor Cafaggi.

Assim como ele, a maioria dos artistas mineiros que lançam livros no evento está em início de carreira e fazendo investimento próprio para dar visibilidade à criação. O Pandemônio é o exemplo da compreensão de que em eventos do tipo não só os autores, mas sobretudo os trabalhos, precisam estar presentes. “A gente aproveita por ser esse um dos maiores festivais da América Latina para lançar e conhecer coisa nova”, avalia Ricardo Tokumoto.

Diferença
São iniciativas como esta que levam o “veterano” Fábio Moon a apostar que os artistas brasileiros é que fazem a diferença no cenário contemporâneo. Ao descobrir que estavam com a faca e o queijo na mão, seguiram em frente. “Eles perceberam que às vezes é melhor começar por conta própria, porque isso chama a atenção. É o trabalho que repercute. Os autores estão fazendo a diferença, mostrando a cara dos quadrinhos e a variedade possível. É isso que está criando essa sensação boa”, afirma Fábio.

O FIQ 2011 promete embarcar nessa onda. Além de 44 oficinas, 69 convidados e 10 exposições, uma das novidades é a vinda de Eddie Berganza, executivo da DC Comics; C. B. Cebulski, vice-presidente sênior de Desenvolvimento de Criadores e Conteúdo na Marvel Entertainment, para a Komacon, agência sul-coreana de quadrinistas; e Fabrizio Andriani, representante da agência europeia Tomato Farm. Eles estarão em Belo Horizonte entre 9 e 13 de novembro exclusivamente para a avaliação de portfólio dos brasileiros.

“São os três grandes mercados do mundo, então esse retorno é importante para os profissionais. É o momento de ter contato direto com os editores, coisa que é muito difícil, a não ser em eventos desse tipo”, garante o coordenador do FIQ, Afonso Andrade. Para ele, o festival – realizado há 14 anos – é responsável pela criação de não apenas uma geração dedicada aos quadrinhos em Belo Horizonte, mas também na profissionalização e no crescimento da linguagem.

“Temos vários artistas que trabalham para o mercado americano”, lembra. O mineiro de Contagem Ed Barros, por exemplo, já foi o responsável pelos traços de Super-Homem e hoje assina a Noturna; o Will Conrad, é exclusivo da Marvel; Eduardo Pansica já desenhou a Mulher Maravilha. “Além do mercado americano, temos uma tradição também no independente. A revista Graffiti é a publicação mais longeva do quadrinho nacional”, completa. A próxima edição da Graffiti será criada durante os cinco dias do FIQ.



Bibliografia sugerida para a elaboração de atividades pedagógicas:
CALAZANS, Flávio Mário de Alcântara. Histórias em Quadrinhos na escola. São Paulo: Paulus, 2004.
CARVALHO, DJ. A educação está no gibi. Campinas/SP: Papirus, 2006.
KRAUSS, Cristina. Apontamentos sobre Quadrinhos no ensino/aprendizagem de Artes Visuais. Belo Horizonte: EnsinArte, 2009.
MENDONÇA, João Marcos Pereira. Traço traço quadro a quadro: a produção de histórias em quadrinhos no ensino de Arte. Belo Horizonte: A/Arte, 2008.
RAMA, Ângela; VERGUEIRO, Waldomiro (orgs). Como usar Histórias em Quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A APRENDIZAGEM UTILIZANDO PROJETOS - O TRABALHO COM PROJETOS DE TRABALHO EM ARTES VISUAIS

 

 

Entrevista

Fernando Hernández


Pesquisar para aprender

Educador espanhol explica como trabalhar a aprendizagem utilizando projetos


Cristiane Marangon

NOVA ESCOLA – Como surgiu seu trabalho com projetos?
Fernando Hernández - Tudo começou em 1982, quando estava trabalhando no Instituto de Educação da Universidade de Barcelona e uma colega me apresentou a um grupo de mestres que lecionavam para crianças entre oito e dez anos de idade. Eles tinham uma dúvida que era saber se a escola estava ensinando a estabelecer relações, ou seja, a globalizar. Trabalhei com toda a escola durante cinco anos e, como resposta a essa inquietação, decidimos organizar o currículo de outra maneira. Por pesquisa de projetos de trabalho.

NE - Qual a diferença entre projetos de trabalho e pedagogia de projetos?
Hernández – A diferença fundamental é, em primeiro lugar, o contexto histórico. A pedagogia de projetos surge nos anos 1920 e projeto de trabalho surge nos anos 1980. Além disso, os princípios são diferentes. A pedagogia de projetos trabalhava um modelo fordista, que preparava as crianças apenas para o trabalho em uma fábrica, sem incorporar aspectos da realidade cotidiana dentro da escola. Os projetos de trabalho tentam uma aproximação da escola com o aluno e se vinculam muito à pesquisa sobre algo emergente. Eu não digo que uma coisa é melhor que outra e sim que são diferentes. É importante que isso fique claro.

NE – O professor que está em sala de aula lê a teoria, escuta em congressos e encontros e não sabe como fazer. Embora não exista uma receita, quais são os elementos principais de um projeto?
Hernández – Antes de falar sobre isso, há uma coisa muito importante. O trabalho do docente é solitário e uma das coisas que aprendi nessa experiência foi que a gente tem de compartilhar. Quando comecei a trabalhar com projetos nas escolas e surgia uma questão emergente em sala de aula, esse assunto pertencia à escola e não se restringia a um único educador. Eu me lembro de estar na sala dos professores, na hora do café, vendo os docentes discutindo uma proposta, expondo idéias e sugestões e, dessa maneira, todo mundo se envolvia no processo. O professor nunca estava sozinho.

NE – O professor se comporta assim por um problema de formação?
Hernández – Não, por um problema de postura mesmo. Por exemplo, se eu não sei alguma coisa, devo perguntar a você para que nós possamos encontrar respostas. O professor trabalha em uma organização que deve fazer trocas e não é só do educador para a sua turma e sim com toda a escola. Essa é uma mudança importante e fundamental.

NE – E quantos aos passos necessários para desenvolver um projeto?
Hernández – Para mim há uma série de condições e não uma série de passos. O livro “Organização do Currículo por Meio de Projetos” fala em passos porque no momento em que foi escrito era importante abordar o tema dessa maneira. Hoje, penso que é uma questão de opção educativa. Em primeiro lugar, é necessário que se tenha um problema para iniciar uma pesquisa. Pode ser sobre uma inquietação ou sobre uma posição a respeito do mundo. A partir daí, é importante trabalhar as maneiras de olhar o mundo que são diversas. Mas não interessa só localizá-las e sim entender o significado delas. O resultado é que se constrói uma situação de aprendizagem em que os próprios estudantes começam a participar do processo de criação, pois buscam resposta às suas dúvidas. Isso é o projeto de trabalho.

NE – Esses problemas devem ser apontados por quem? Professores ou alunos?
Hernández – Isso é acidental. O docente tem a capacidade de escutar o que está acontecendo dentro e fora da sala de aula, mas o problema pode sair de uma questão que as crianças levem para a escola ou ser um tema emergente na imprensa. O importante é fazer algo que desperte o interesse deles e nunca o que eles gostem. Se fosse o caso, bastava colocar uma televisão com desenhos animados na sala de aula.

NE - Um projeto didático tem de ser interdisciplinar ou o professor pode focar uma única disciplina?
Hernández – Se o docente tem uma concepção disciplinar e está ensinando Matemática, por exemplo, ele pode ensinar isso como um projeto. Pode também ensinar Língua Portuguesa. Projeto de trabalho não é uma fórmula e sim uma concepção de educação. O que temos de questionar é por que ensinamos essas disciplinas. Por que, dos 6 mil campos de estudos que existem, ensinamos apenas oito? Por que não ensinamos Antropologia, Cosmologia, Sociologia, Economia? Ensinamos as mesmas desde o final do século 19. Hoje sabemos que 80% das coisas que aprendemos na escola não nos servem. Não dão sentido ao mundo em que vivemos, não nos disciplinam, não nos socializam. Quando eu morava aqui no Brasil, fiz uma organização do currículo a partir de 12 problemas. Não me preocupei com disciplinas, pensei apenas nos problemas. Vida, morte, ser humano, cosmos, origem da vida, são alguns deles.

NE - É possível ensinar tudo por meio de projetos?
Hernández – Não é possível ensinar tudo por meio de projetos porque há muitas maneiras de aprender. Projeto é uma concepção de como se trabalha a partir de pesquisa. É bom e é necessário que os estudantes se encontrem com diferentes situações para aprender. Todas as coisas que se podem ensinar por meio de projetos começam de uma dúvida inicial. Nem tudo pode ser ensinado mediante projetos, mas tudo pode se ensinar como um projeto.

NE –Por que existe essa preocupação em reformar a escola? Tem a ver com o excesso de informações do mundo moderno?
Hernández – A escola, como toda instituição social, tem de dialogar com as coisas que estão acontecendo. O mundo atual não é igual àquele de quando nós ou nossos pais freqüentaram a escola, portando os processos de globalização da informação e comunicação implicam que a escola reflita sobre sua função e seus objetivos. A escola tem de ser uma instituição que pensa constantemente nos saberes do passado que precisam ser recuperados, resgatados e conservados, além de agregar o presente.

NE - O senhor tem alguma sugestão sobre as reformas educacionais brasileiras?
Hernández – Há reformas que são pensadas fora da prática. Um elemento importante são as crianças. Elas nunca estão implicadas nos processos de reforma. Muita reforma fracassa por causa disso. Hoje há muitos informes e reportagens sobre as direções da educação. Na minha opinião, a prioridade é a reforma estrutural e o Brasil tem uma grande vantagem em relação a outros países que é a possibilidade dos municípios desenvolver sua própria reforma. Isso é muito interessante.

NE – Na introdução do seu livro “Transgressão e Mudança na Educação”, o senhor afirma que não é possível recriar a escola se não se modificam o reconhecimento e as condições de trabalho dos professores. Esse é o primeiro passo para começar uma reforma no ensino? Melhores salários, recompensas etc.?
Hernández – Um educador que tem de trabalhar em três turnos não tem tempo para se formar, se comunicar com os colegas, de preparar uma aula, de se cuidar, enfim, se as pessoas não têm condições de desenvolver um trabalho diferente, não dá para mudar a educação. Não podemos colocar todos os problemas da escola sobre os docentes. Temos que distribuir os pesos.

NE – O senhor acha que os projetos são melhor desenvolvidos no sistema de ciclos?
Hernández – Penso que não é essa a questão. Esse é um outro debate, outra discussão. O problema, aqui no Brasil, é que se leva em conta que não há a reprovação no sistema de ciclos. Não é nada disso. A idéia principal é que o aluno, no sistema de ciclos, não tem sua aprendizagem fechada, ou seja, para adquirir certos conhecimentos ele pode necessitar ou não de mais tempo. O que acontece é que a escola está muito fechada na idéia de que tem de trabalhar idade e série. Essa é uma concepção do século 17. A idéia de ciclo é muito mais dinâmica e aberta. Eu acho que a reação aos ciclos no Brasil é mais por um problema de compreensão. Uma criança que não é avaliada positivamente dentro de uma série não precisa ser necessariamente reprovada. Os ciclos são apenas uma estrutura de aprendizagem.

NE – E como fazer com uma criança que chega ao final dos ciclos sem saber ler?
Hernández – Isso não é um problema dos ciclos e sim da escola. Se durante quatro ou cinco anos o professor não ensina a ler, a responsável por isso é a escola. A reprovação não é um fracasso da criança e sim da escola.

NE - É possível vislumbrar uma visão positiva da educação do Brasil com a nossa realidade?
Hernández – O Brasil é um dos países do mundo que eu conheço em que os educadores vibram mais. Eles são apaixonados, preocupados, comprometidos. Esse é um capital que o país tem e não pode ser desperdiçado. Outra questão interessante é que o professor tem desejo de aprender e vontade de se comprometer com sua aprendizagem. Eu conheço poucos em outros países que não têm dinheiro e mesmo assim se reúnem em grupo para comprar um livro e aprender conjuntamente. Isso é maravilhoso.

Recomendamos também a leitura da bibliografia a seguir:

ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. Campinas. SP: Papirus, 2000.
LAGO, Samuel  Ramos. Conversas com quem gosta de aprender. Curitiba. PR: Editora Positivo, 2004.
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos Projetos - Uma Jornada Interdisciplinar rumo ao desenvolvimento das Múltiplas Inteligências. São Paulo: SP: Editora érica, 2002.
HERNANDEZ, Fernando. Transgressão e Mudança na Educação - os Projetos de Trabalho. Tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Editora Artmed, 2000.
HERNANDÉZ, Fernando e VENTURA, Montserrat. A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho. Tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Editora Artmed, 2000.
KRAUSS, Cristina. A Construção de Projetos de Trabalhos em Artes Visuais: Apontamentos para Reflexão. Belo Horizonte: Editora Ensinarte, 2010.
KRAUSS, Cristina. A Construção de Projetos de Trabalhos em Educação Patrimonial a partir da disciplina curricular Artes Visuais: Apontamentos para Reflexão. Belo Horizonte: Editora Ensinarte, 2010.

A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA DA ARTE EM AULAS DE ARTES VISUAIS

Profa. Cristina Krauss - Oficina Desenho
É indiscutível a importância e a necessidade dos professores de Artes Visuais, contemporaneamente, trabalharem com imagens em suas aulas como afirmam vários teóricos que cuidam das pesquisas sobre o ENSINO DE ARTE  VISUAIS no Brasil. E nesse repertório imagético, que deve ser construído por docentes e discentes, há que se incluir imagens do cotidiano, da mídia, do entorno dos estudantes, imagens da denominada História da Arte, enfim todas as imagens que fazem parte do universo em que os estudantes vivem.

"Contemporaneamente, em nossas aulas de Artes Visuais não se pode prescindir das imagens da História da Arte, não se utilizam mais os costumeiros desenhos mimeogrfados para colorir. Artes Visuais é uma disciplina curricular e precisa ser trabalhada como tal."
KRAUSS, Cristina. A importância da História da Arte nas Aulas de Artes Visuais: apontamentos para reflexão. Belo Horizonte: Ensinarte. 2008.

"Saber história da arte no Brasil pode estimular uma postura crítica em face aos bens culturais da nossa convivência se comparados aos de outras localidades ou nações. Além disso, se quisermos participar crítica e reflexivamente do momento cultural e artístico (e estético) de nossa época, precisaremos detectar os traços do passado cultural e artístico nele conservados ou transformados. Através do estudo da história da arte brasileira (documentos acessíveis, próximos e mais ligados às nossas experiências), podemos chegar a aprofundamentos dos conhecimentos artísticos e estéticos significativos para a nossa cidadania. "(FERRAZ e FUSARI, 1992, p. 116 - 117)
FERRAZ, Maria Heloísa C. de Toledo, FUSARI, Maria F. de Rezende e. Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez, 1992.



Expedição de Reconhecimento - Lagoa Santa (MG).
Cristina Krauss 

 Expedição de Reconhecimento - Serra do Lenheiro - SJDR (MG)
 Cristina Krauss

Expedição de Reconhecimento - Letreiro do Glória (MG)
 Cristina Krauss

 Visita Oficina de Artesanato Taquara Escama de Peixe - Mariana (MG)
 Cristina Krauss

Visita Oficina  de Artesanato Taquara Losango - Mariana (MG)
 Cristina Krauss

 Visita Oficina  de Artesanato Taquara Trevo- Mariana (MG)
 Cristina Krauss

 Visita Oficina  de Artesanato Taquara Xadrez- Nmariana (MG)
 Cristina Krauss

 Visita Oficina  de Artesanato Tecelagem - Carmo do Rio Claro (MG)
 Cristina Krauss

Expedição de Reconhecimento - Serra da Mantiqueira/Divisa Minas e São Paulo
 Cristina Krauss

Expedição de Reconhecimento - Cume do Morro do Lopo - Extrema (MG)
 Cristina Krauss


Visita Orientada - Mapoteca - Museu Mineiro - Belo Horizonte (MG)
 Cristina Krauss

 Visita Orientada - Fachada Frontal Matriz de  Mariana (MG)
 Cristina Krauss


Expedição de Reconhecimento - Torre Sineira Matriz de  Mariana (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Interior da Sé de Mariana - Órgão Arp Schnitger (MG)
 Cristina Krauss

Expedição de Reconhecimento - Praça Minas Gerais - 
Fachadas Frontais Igrejas São Francisco, Nossa Senhora do Carmo -  Mariana (MG)
 Cristina Krauss


Visita Orientada - Traçado Urbano de Ouro Preto (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Fachada Frontal Matriz do Pilar Ouro Preto (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Interior Matriz do Pilar de Ouro Preto (MG)
 Cristina Krauss


Visiita Orientada Mariana (MG)
Cristina Krauss

Visita Orientada - Congonhas (MG)
 Cristina Krauss


Visita orientada-  Fachada forntal Matriz Pilar - São João del-Rei (MG)
 Cristina Krauss

Visita orientada-  Interior Matriz Pilar - São João del-Rei (MG)
 Cristina Krauss

Expedição de Reconhecimento Casario de Tiradentes (MG)
 Cristina Krauss

Expedição de Reconhecimento Casario de Tiradentes (MG)
 Cristina Krauss


Expedição de Reconhecimento Casario de Tiradentes (MG)
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Visita Orientada Fachada frontal da Matriz de Tiradentes (MG)
 Cristina Krauss


Visita Orientada Interior da Matriz de Tiradentes (MG)
 Cristina Krauss

Maria Fumaça SJDR-Tiradentes (MG)
 Cristina Krauss

Detalhe do Mural Renovação Artística-SJDR (MG)
 Cristina Krauss

Detalhe do Mural Renovação Artística-SJDR (MG)
 Cristina Krauss

Detalhe do Mural Renovação Artística-SJDR (MG)
 Cristina Krauss

Detalhe do Mural Renovação Artística-SJDR (MG)
 Cristina Krauss

Detalhe do Mural Renovação Artística-SJDR (MG)
 Cristina Krauss

Detalhe do Mural Renovação Artística-SJDR (MG)
 Cristina Krauss

Detalhe do Mural Renovação Artística-SJDR (MG)
 Cristina Krauss

Detalhe do Mural Renovação Artística-SJDR (MG)
 Cristina Krauss

Expedição de Reconhecimento Rua São José
Hotel Toffolo onde se hospedaram os modernistas - Ouro Preto (MG)
 Cristina Krauss

Retrato da modernista Tarsila do Amaral.
 Cristina Krauss

Retrato do modernista Oswald de Andrade.
 Cristina Krauss

 Retrato do modernista Mário de Andrade.
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Azulejos de Portinari - Fachada Igreja Pampulha - Belo Horizonte (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

 Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

 Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss

Visita Orientada - Inhotim (MG)
 Cristina Krauss