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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O PROFESSOR/PESQUISADOR/ARTISTA - O PERFIL DO PROFESSOR DE ENSINO DE ARTES VISUAIS

 NOVAS TERRITORIALIDADES E IDENTIDADES CULTURAIS: O ENSINO DE ARTE E AS TECNOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS

Lucia Gouvêa Pimentel - UFMG

Resumo
O artista tem como uma de suas prerrogativas ser errante de ideias e processos. O ensino tem por norma ser uma forma sistematizada, sob o controle de um professor. O pesquisador tem por obrigação ir a fundo nas questões que investiga. Ser artista/professor/pesquisador exige investimento constante em cada uma dessas ações. Tendo como premissa que para ser professor de Arte é necessário ter uma prática artística e atividade de pesquisa, o trabalho de formação desse professor reveste-se de complexidade e importância redobradas. Questões como identidade cultural e adequação de escolha de trabalho com determinados artistas locais, regionais, nacionais ou internacionais são importantes para o alinhamento que se propõe no ensino de Arte ao mundo contemporâneo.
Palavras-chave: Ensino de Arte; Cultura, Tecnologias Contemporâneas.

Abstract
One of the prerogatives of the artist is to be nomadic with respect to ideas and processes. Teaching normally complies with a systematic standard, under the teacher's control. The researcher has to delve deep into the questions being investigated. To be an artist/teacher/researcher requires constant investment in each of those activities. Because, in order to be an art teacher it is necessary to practise art and carry out research, the job of training art teachers assumes redoubled complexity and importance. Questions about cultural identity and making good choices with respect to working with particular artists, whether local, regional, national or international, are important for aligning what is proposed in art teaching with the contemporary world.
Key Words: Art teaching; Culture; Contemporary technologies.

Artista/professor/pesquisador

A dinâmica da produção artística refere-se a reflexos e incitações do pensamento humano, que se transmutam em formas, sons, cores, movimentos, gestos etc. E a arte contemporânea é, ao mesmo tempo, condescendência e contradição; apaziguamento e conflito; paridade e incongruência. O artista tem como uma de suas prerrogativas ser errante (nômade) de ideias e processos. O ensino tem por norma ser uma forma sistematizada, sob o controle de um professor. O pesquisador tem por obrigação ir a fundo nas questões que investiga.

As fontes de fruição, contextualização e experimento artístico são, em primeira instância, uma escolha dialogal entre: professores de Arte, escola e alunos em seus respectivos locais de trabalho. Há que se considerar que a provocação da experiência estética tem que incluir não só artes curatorialmente reconhecidas (de suma importância), como também são igualmente relevantes o artesanato, a arte popular, a arte de mídia eletrônica e outras. A tecnologia digital propicia novas formas de pensar e fazer arte. Para que isso aconteça, os alunos precisam entender a natureza dos instrumentos de arte e os meios de escolha.

As ações de artista, professor e pesquisador se formam não somente nos cursos universitários, mas também na prática diária de sala de aula, desde que o professor planeje e teorize sua prática. É preciso que o professor considere que teoria não é só o que os outros autores dizem ou escrevem, mas também o que ele próprio pensa sobre sua prática, discute e registra, revendo e renovando constantemente. Aliás, o registro e a divulgação da prática do professor são pontos importantíssimos para o avanço da construção de conhecimentos na área de ensino de Arte.

Novas territorialidades e identidade cultural

É possível falar em identidade cultural quando nos referimos à arte? Como pontuar a identidade de uma cultura?
Essas são perguntas que nos fazemos ao lidar com crianças e jovens de diferentes heranças culturais nas aulas de Arte.
As fontes de fruição, contextualização e experimento artístico são, em primeira instância, uma escolha dialogal entre: professores de Arte, escola e alunos em seus respectivos locais de trabalho.

O que pode ser proposto são referências para o balizamento dessas escolhas, a partir do momento em que os conhecimentos escolares nos proporcionam uma trajetória com vias amplamente abertas para que se possa percorrer, de acordo com o que se deseja alcançar com o ensino/aprendizagem de arte.

Nossa responsabilidade frente às nossas escolhas não se restringe a um processo educacional localizado apenas na sala de aula ou no contato escolar. Ela refletirá nossas próprias concepções enquanto indivíduos culturais e, portanto, políticos. 767
Os significados e os padrões culturais do cotidiano não são suficientes para garantir o aprendizado dos estudantes e ampliar seus horizontes. Propostas ou referenciais curriculares são necessários, mas por si só não são suficientes para o desenvolvimento de um projeto educacional que pretenda a formação integral do educando. Em arte, há necessidade de ampliarmos, em nossos alunos, o âmbito e a qualidade da experiência estética.

Isso significa que existe uma interlocução entre as propostas de construção elaboradas pelo educador e o respeito ao conhecimento trazido pelo aluno. A experiência estética já é desfrutada pelo indivíduo antes que ele entre para a escola.

Sendo a arte parte integrante da cultura, sua incorporação nas escolas é uma das estratégias mais poderosas para a construção de uma cidadania multicultural, já que facilita o conhecimento e o desfrute das expressões artísticas de diferentes culturas, o que submerge os alunos no reconhecimento e respeito à diversidade cultural e pessoal.

A vivência de experiências estéticas significativas depende de intencionalidade responsável, tanto na legitimação dos propósitos quanto na clareza do que se pretende avaliar ao final do tempo de trabalho.

É importante destacar o papel do ensino de arte na informação de suas premissas e valores, mas tão importante quanto é destacar esse ensino na construção da personalidade e valores do próprio sujeito aprendente. A arte deixa, pois, de ser uma ferramenta educacional para ser um motivo de vida e de exercício de cidadania.

É preciso pensarmos e agirmos em estratégias que contemplem a complexidade da arte/educação tanto em relação ao artista/professor/pesquisador que aprende enquanto ensina, quanto em relação ao educando, que constrói conhecimentos e vida cultural e pessoal nessa relação. As formas têm que ser múltiplas e criativas.

Fica a responsabilidade na formação de professores de Arte que sejam aptos a colaborar na tarefa de transformar o conjunto de conhecimentos e experiências em algo apreendido e aprendido como valor. Professores/artistas que sejam capazes de criar, produzir, pesquisar, teorizar, educar, provocar, refletir, construir trajetórias e aceitar desvios.

O ensino de Arte pode promover a valorização social da formação artística, em seus diferentes enfoques, níveis e modalidades, como campo específico de conhecimento que constitui e desenvolve a sensibilidade e a capacidade de criação dos povos, baseada na memória e renovação do patrimônio natural e cultural, assim como no reconhecimento da diversidade cultural.

Contamos com um rico patrimônio natural e cultural tangível e intangível que precisa ser respeitado e preservado em movimentos constantes e dinâmicos de ação. Cabe aos sistemas educativos propiciar acesso a esses bens culturais, de forma que novas formas de educação, novas estratégias e ações criem condições para a construção do presente e do futuro. É uma ação política que necessita de todos os envolvidos para ser levada a cabo.

Aprendizagens e saberes

Como área de conhecimento, Arte está ligada ao pensamento complexo, que, ao mesmo tempo que aciona os níveis mentais e sensitivos mais simples, elabora conexões e interrelações em todos os níveis, de forma muitas vezes não linear.

Os estudos recentes na área da aprendizagem têm demonstrado que várias são as formas de aprender. A aprendizagem, também, não é um fato individual, mas se realiza no coletivo, horizontal e verticalmente. Isso quer dizer que vários são os fatores que contribuem – ou não – para que uma criança aprenda. E esses fatores são das mais variadas ordens e a escola é o espaço instituído pela sociedade para sistematizar determinadas aprendizagens.

Contemporaneamente, estudos já demonstram que os estágios de desenvolvimento da criança, antes taxados como espontâneos, padronizados e de responsabilidade individual, acontecem de forma integrada com as aprendizagens a que ela está submetida. Isso muda o foco da questão, passando-a da condição individual para a condição coletiva. E mais: só acontece a aprendizagem quando há criação de sentido, isto é, quando a informação for significativamente consistente para que ganhe significância para a criança.

Repetir ou treinar habilidades que nada significam para o aluno não promove, portanto, aprendizagem. Há estudos que comprovam que o espaço para a imaginação é o espaço mais propício para construção de conhecimentos. A teoria da Cognição Imaginativa ganha cada vez mais força na área da aprendizagem.

O ensino de arte, nos dias de hoje, não pode se abster do uso de tecnologias contemporâneas, quer seja na produção artística, quer seja nos estudos sobre arte. Desde a fase de registro escrito ou imagético, o uso de tecnologias participa da vida do artista/professor/pesquisador, mesmo que seja apenas como ferramenta. Já na fase de divulgação, a ferramenta pode vir a ser um instrumento de criação. A divulgação, tanto da produção quanto dos estudos, deve fazer parte integrante do processo de ensino, uma vez que é através dela que esse processo se dinamiza e reinicia constantemente.

A tecnologia digital propicia novas formas de pensar e fazer arte. Para que isso aconteça, os alunos precisam entender a natureza dos instrumentos de arte e os meios de escolha. Isso significa que é importante que façam exercícios para conhecer programas de tratamento de imagem, por exemplo, mas é essencial que pensem seu trabalho como sua própria produção artística, e não somente usem os recursos desses programas aleatoriamente.

Ao trabalhar com arte digital, algumas considerações devem ser feitas. É necessário pensar até que ponto é o equipamento que determina os resultados conseguidos e até que ponto esse resultado é o pensamento artístico do autor da obra. Também é necessário pensar se o uso do equipamento é a melhor escolha em relação aos meios de criação. Muitas vezes, o uso de técnicas tradicionais aliadas aos meios digitais é a melhor saída para a elaboração de uma obra.

É fundamental, portanto, no ensino de arte contemporâneo, que os alunos, através de pesquisas, observações, análises e críticas, possam conhecer e analisar os processos:
• dos produtores de arte - artistas;
• dos seus produtos - obras de arte;
• dos difusores tecnológicos da produção artística;
• dos públicos apreciadores de arte no âmbito da multiculturalidade.

Referências
BARBOSA, Ana Mae. Dilemas da Arte/Educação como Mediação Cultural em Namoro com as Tecnologias Contemporâneas. IN: BARBOSA, Ana Mae (org.). Arte Educação Contemporânea: Consonâncias Internacionais. São Paulo: Cortez, 2005.
BARBOSA, Ana Mae. Artes Visuais: da exposição à sala de aula. São Paulo: EDUSP, 2006.
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998.
BOUGHTON, Doug. Avaliação: da teoria à prática. (IN) BARBOSA, Ana Mae. Arte/Educação Contemporânea: consonâncias internacionais. São Paulo: Cortez, 2005.
LANIER, Vincent. Devolvendo Arte à Arte-Educação. IN: BARBOSA, Ana Mae. (org). Arte-Educação: Leitura no Subsolo. São Paulo, Cortez, 2002.
MATURANA, Humberto. Emoções e Linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.
MEIRA, Marly. Filosofia da Criação: reflexões sobre o sentido do sensível. Porto Alegre: Mediação, 2003.
MOREIRA, Antônio Flávio. A importância do conhecimento escolar em propostas curriculares alternativas. IN: Universidade Federal de Minas Gerais/ Faculdade de Educação. Educação em revista. n 45, jun. 2007. Belo Horizonte: FAE/UFMG.
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS IBEROAMERICANOS. Pressupostos 2007-2008. Madrid: OEI, 2007.
PIMENTEL, L. Gouvêa. Tecnologias Contemporâneas e o Ensino da Arte. IN: BARBOSA, Ana Mae. (org). Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2003.
PIMENTEL, Lúcia Gouvêa. Arte e Ciência. Presença Pedagógica, Porto Alegre, v. 12, n. 67, p. 78-80, Jan./Fev. 2006.
PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO. Desafios de ensinar e aprender: referenciais curriculares para a educação fundamental. CDRom, 2007.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002.
SOUCY, Donald. Não Existe expressão sem Conteúdo. . IN: BARBOSA, Ana Mae (org.). Arte Educação Contemporânea: Consonâncias Internacionais. São Paulo: Cortez, 2005.

Lucia Gouvêa Pimentel
Professora Titular da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (EBA/UFMG). Doutora em Artes-Arte/Educação (ECA/USP). Membro da AMARTE, ANPAP, FAEB, do CLEA, do Conselho Mundial da InSEA e do Comitê de Especialistas da OEI. Atua nas áreas de ensino de arte e tecnologias contemporâneas, gravura, formação de professores, currículo e metodologias de avaliação em arte e projetos culturais.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

III COLÓQUIO INTERNACIONAL EDUCAÇÃO E VISUALIDADES: INCÔMODOS

Nos dias 01 e 02 de dezembro, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus de João Pessoa, acontecerá o III Colóquio Internacional Educação e Visualidades: Incômodos.

O evento tem como objetivo congregar pesquisadores de várias partes do país e do exterior para trocar experiências, ter acesso a perspectivas inovadoras sobre os temas e suas tecnologias e aperfeiçoar o trabalho em redes e grupos de trabalho. O público preferencial, formado por estudantes e professores da área de Artes Visuais e profissionais de áreas afins, poderá acompanhar as reflexões e participar dos debates.

Fechando as malas e embarcando daqui a pouco!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A CONTRIBUIÇÃO DE 'SITES', 'BLOGS' QUE ABORDAM A ARTE PRODUZIDA EM/SOBRE MINAS PARA AS AULAS DE ARTES VISUAIS: O CASO DO SITE "ARTE EM OURO PRETO"

O 'site' ARTE EM OURO PRETO é um projeto virtual, conduzido pela jornalista cultural Patrícia Lapertosa, nasceu da idéia despretensiosa de se reunir pinturas da bela e barroca paisagem ouropretana. Com a aquisição das primeiras telas, mostrou-se vasto o universo de artistas que captaram e ainda hoje captam a aura luminosa da cidade, ainda que envolta em névoas. Além de artistas ouro-pretanos e dos que vivem nela hoje, muitos são os que visitaram ou viveram em Ouro Preto, motivados em retratar sua particular paisagem colonial, a despeito das escolas artísticas a que estiveram vinculados.

Esses artistas e suas expressões plásticas serviram de mote para a idealização e concretização do projeto ARTE EM OURO PRETO, que se estrutura neste sítio eletrônico, segmentado em três áreas: ARTE, CULTURA e GASTRONOMIA, tendo a cidade e seu patrimônio artístico, cultural e histórico como temas recorrentes.

Em ARTE estão reunidos artistas nascidos em Ouro Preto, que nela residam ou que retratem sua paisagem, com acervo exclusivo de algumas de suas telas, perfil biográfico, textos referentes a seus trabalhos, autorais ou não, e material documental sobre suas trajetórias artísticas.

Em CULTURA são ofertados roteiros de visitas temáticas e interpretativas à cidade, a saber: Tiradentes e a Inconfidência Mineira; Aleijadinho, Ataíde e o Barroco Mineiro; e, Jacubas e Mocotós, Raízes da Culinária Mineira, em projeto que se intitula OURO PRETO 18! por remeter ao legado setecentista da cidade.

E, em GASTRONOMIA, são apresentados eventos gastronômicos realizados na cidade, especialmente, almoços promovidos pelo gourmet Marquinhos Andrade em sua oficina gastronômica “Sábados”, situada em sítio bucólico próximo a Ouro Preto.

Múltiplo, interativo e imediato, o site ARTE EM OURO PRETO pretende estimular e promover “conversas” variadas por meiro de textos postados na página inicial do site (ou em
http://arteouropreto.blogspot.com/ (sem o "em")) e a troca de informações sobre esse vasto universo, ainda que tão particularmente barroco.
OURO PRETO é uma cidade viva, plural e inquietante. Aventure-se a conhecer e descobrir tudo o que ela oferece. Mantenha-se conectado ao projeto ARTE EM OURO PRETO!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

TARSILA DO AMARAL E SUA VISITA A MINAS EM 1924 EM SALA DE AULA

A partir de trabalhos acadêmicos e de consultoria em patrimônio cultural para público infanto juvenil de Cristina Krauss,  historiadora da arte especializada em público infanto-juvenil, pesquisadora em Ensino de Artes Visuais em Minas, desde as aulas na Minas Colonial às web aulas contemporâneas, com ênfase em Patrimônio Cultural, e a utilização de novas tecnologias muitas escolas em Minas adotaram o Projeto Piiiuuuííí.
O Projeto Piiiuuuííí é uma proposta de Educação Patrimonial a partir da disciplina curricular Artes Visuais que traz como 'corpus': o Caderno de Desenhos produzido por Tarsila do Amaral na Viagem a Minas em 1924.

1924, Tarsila do Amaral, grafite sobre papel, 15,4 x 21,8 cm, coleção particular, São Paulo, SP.
Ouro Preto II, 1924, Tarsila do Amaral, grafite sobre papel, 15,4 x 21,8 cm, coleção particular, São Paulo, SP.


Ouro Preto II, 1924, Tarsila do Amaral, aquarela sobre papel, 15,4 x 21,8 cm, coleção particular, São Paulo, SP.


Essa proposta parte de projetos de pesquisa e de extensão. O projeto de pesquisa pode ser acessado na biblioteca digital da ufmg: www.bibliotecadigital.ufmg.br. É assim intitulado:
  
PIIIUUUÍÍÍ... DA ‘JANELA’ DO TRENZINHO CAIPIRA E
ATRAVÉS DE ‘JANELAS’ VIRTUAIS: O ENSINO / A APRENDIZAGEM DA
ARTE MODERN(IST)A BRASILEIRA PARA CRIANÇAS
A PARTIR DOS DESENHOS DAS PAISAGENS BARROCAS MINEIRAS DE TARSILA DO AMARAL 



Ao acompanharmos o projeto desenvolvido em escolas de Belo Horizonte e outras escolas do interior, nas cidades visitadas por Tarsila como  Ouro Preto, Mariana, Congonhas, São João del-Rei, Tiradentes, além de outras por todo o estado de Minas, uma vez que nosso blog se destina a professores de Artes Visuais de Minas Gerais, procuramos compartilhar o desenvlvimento do mesmo para que possa ser cada vez mais multiplicado.




Inicialmente, em todas as escolas se têm procurado desenvolver ações de formação junto ao corpo docente enfatizando a importância da cultura local, de se valorizar essa temática nas aulas da disciplina curricular Artes Visuais e sempre lembrando que, contemporaneamente, se recomenda o ensino de Artes Visuais conisderando Arte como conhecimento artístico e estético. Para tanto, eis a sequência sugerida:
- Seminários sobre História do Ensino de Artes Visuais no Brasil e em Minas Gerais: das oficinas coloniais às webaulas contemporâneas;
- Seminários sobre Fundamentos do Ensino de Artes Visuais;
- Seminários sobre Metodologias de Ensino de Artes Visuais;
- Seminários e Oficinas sobre o Ensino de Artes Visuais e os Referenciais Curriculares Nacionais, Parâmetros Curriculares Nacionais, Propostas Curriculares Estaduais, Matrizes Curriculares Municipais;
- Seminários e Oficinas sobre o Ensino de Artes Visuais e as Modalidades Organizativas (aula, atividade permanente, sequência didática, projeto);
- Seminários sobre História da Arte Brasileira;
- Seminários sobre Arte Modernista Brasileira e Vida e Obra de Tarsila do Amaral;
- Seminários sobre a Visita de Tarsila do Amaral a Minas em 1924 e o seu Caderno de Desenhos da Viagem;
- Seminários sobre Patrimônio Cultural (patrimônio natural, patrimônio urbanístico, patrimônio arquitetônico, bens móveis e integrados, patrimônio documental e patrimônio imaterial) consagrado e não consagrado;
- Seminários e Oficinas de Monotipia e Impressão: conhecimento artístico e estético;
- Seminários e Oficinas de Desenho e Ilustração: conhecimento artístico e estético;
- Seminários e Oficinas de Pintura: conhecimento artístico e estético;
- Seminários e Oficinas de Escultura, Modelagem e Moldagem: conhecimento artístico e estético;
- Seminários e Oficinas de Artes da Fibra (Tecelagem e Cestaria): conhecimento artístico e estético;
- Seminários e Oficinas de Artes Gráficas: conhecimento artístico e estético;
- Seminários e Oficinas de Fotografia: conhecimento artístico e estético;
- Seminários e Oficinas de Vídeo: conhecimento artístico e estético;
- Visitas Técnicas e Expedições de Reconhecimento no âmbito da cidade visitada por Tarsila e os amigos modernistas (como por exemplo: Ouro Preto, Mariana, Congonhas, São João del-Rei, Tiradentes);
- Acompanhamento na Elaboração, Execução e Avaliação de Projeto Pedagógico intitulado “Piiiuuuííí... pelas janelas do trem, Tarsila do Amaral apresenta o patrimônio cultural da cidade....... na Escola..........."

Também aproveitamos para apresentar uma bibliografia básica sugerida:

BARBOSA, Ana Mae. (org). Arte/Educação Contemporânea: Consonâncias Internacionais. São Paulo: Cortez, 2005.
BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996: Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, v. 134, n. 248, p. 27.833-42, dez. 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. 3 v. Volume 3: Conhecimento de mundo.
FERREIRO, E.; LERNER, D. e OLIVEIRA, M. K. Piaget, Vigotsky: Novas Contribuições para o Debate. São Paulo: Ática, 1995.
HERNANDEZ, Fernando. Transgressão e Mudança na Educação – os Projetos de Trabalho. Tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Editora Artmed, 2000.
HERNANDEZ, Fernando e VENTURA, Montserrat. A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho. Tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Editora Artmed, 2000.
KRAUSS, Cristina. O “Barroco Mineiro” para Crianças. Material Didático. São João del-Rei: Universidade Federal de São João del-Rei, 2007.
KRAUSS, Cristina. O Patrimônio Cultural, o Tombamento e o Registro explicados para Crianças. Material Didático. São João del-Rei: Universidade Federal de São João del-Rei, 2007.
KRAUSS, Cristina. Glossário Artístico-Visual de termos arquitetônicos, pictóricos e escultóricos (talha e imaginária) do “Barroco Mineiro” para público infanto-juvenil. Material Didático. São João del-Rei: Universidade Federal de São João del-Rei, 2008.
KRAUSS, Cristina. A Contribuição da História da Arte para as Aulas de Arte (Artes Visuais) na Contemporaneidade. Material Didático. São João del-Rei: Universidade Federal de São João del-Rei, 2008.
KRAUSS, Cristina. A Construção de Projetos de Trabalho em Artes Visuais: Apontamentos para Reflexão. Belo Horizonte: Editora Ensinarte, 2010.
KRAUSS, Cristina. Piiiuuuííí... Da ‘Janela’ do Trenzinho Caipira e através de ‘Janelas’ Virtuais: O Ensino / A Aprendizagem da Arte Modern(ist)a Brasileira para Crianças a partir dos Desenhos das Paisagens Barrocas Mineiras de Tarsila do Amaral. Coleção História da Arte Brasileira, a partir de Minas, para público infanto-juvenil em Aulas de Artes Visuais. Belo Horizonte: Editora Ensinarte, 2010.
MINAS GERAIS, PCMG/Arte - Proposta Curricular de Arte de Minas Gerais e o CBC/Arte – Currículo Básico Comum de Arte de Minas Gerais para a Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais. 1. ed. Belo Horizonte: Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, 2005.
PIMENTEL, L. G. ; CUNHA, Evandro José Lemos da ; MOURA, José Adolfo . Proposta Curricular de Arte-Ensino Médio para a Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais.
PIMENTEL, L. G. ; CUNHA, Evandro José Lemos da ; MOURA, José Adolfo . Proposta Curricular de Arte - Ensino Fundamental para a Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, 2004a.
Belo Horizonte: Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, 2004b.